quarta-feira, fevereiro 18, 2004

Dia dos Namorados Sangrento - PARTE I

E eis que na calada da noite um estranho ser felpudo, frio e calculista (como um pássaro dirão alguns) corre e esconde-se pelo parque da cidade, agitando misteriosamente os humidos arbustos em mais um... DIA DOS NAMORADOS SANGRENTO

(musica horripilante)

São 22:22. Jovial e Edinúsia, um casal de emigrantes brasileiros, padronizadamente apaixonado entrelaça as mãos após um dia de extasiante consumismo e troca de futilidades verbais... mas eles não sabem que ele está a observá-los. Como um predador selvagem espera pelo momento oportuno e observa... observa...

(musica horripilante estilo Sexta-Feira 13)

Um abanar de folhas interrompe o tumular silêncio nocturno nos escuros arbustos por detrás do banco de madeira onde Jovial e Edinúsia trocam irritantes carinhos - "O que foi aquilo?" - questiona Edinúsia em tom tremido. "Não é nada não, gata! Deve de ser um bicho inofensivo" - responde o parceiro num tom telenovelescamente acalmante. Mas apenas parte da sua especulação é verdadeira: o ser que se aproxima é de facto um bicho... mas de inofensivo apenas tem o aspecto.

(musica de suspense em tom crescente)

"Eu ouvi de novo Jovial! Tu vai ver o que é?" - suplica a jovem terrificada. "Ô poxa, ocê é chata pra caramba!! Não te chega o perfume que eu comprei n'Ô BOTICARIO?", "Oh Jovial, faz isso por mim!!". Suspirando o jovem sul-americano levanta-se e aproxima-se da pequna moita que treme frevorosomante... Ao sentir a proximidade o movimento para e é substituido por um riso maléfico (e ainda assim com boa sonoridade). Jovial apenas tem tempo de gritar "PÔXAAAAAAAAAAAA..." - num relâmpago salta-lhe para a cara o ser mais terrível da zona da Grande Lisboa (a seguir a Vale e Azevedo) - Jovial foi friamente desfigurado pelo...

URSINHO DE PELUCHE DA MORTE

Nota do Autor:
Ao relêr o extracto literário acima produzido pela minha pessoa cheguei á triste conclusão de que tenho tempo livre em excesso entre mãos e que isso dá azo á produção de aberrações como a que acabaram de ler. Como tal termino aqui a minha carreira no solitário mundo da escrita e prometo que começarei a planear para breve um suicidio (limpo, rápido, sem grandes fogos de artificio e com pouca publicidade). Para os que leram até aqui, as minhas mais sinceras desculpas.